08 maio 2012

Os Estudos e o Futsal/Futebol


O que terão os estudos e ofutsa/ futebol em comum?

Á primeira vista pouco ou nada, mas a realidade mostra-nos uma ligação “complicada”.





O Futsal/Futebol tornou-se ,nos últimos 15,20 anos, num negócio milionário, capaz de gerar milhões e milhões.
Uma espécie de maquina de fazer dinheiro, que permite o pagamento de fortunas aos “artistas principais”, os jogadores.



É exactamente este “boom” financeiro no Futebol, que acaba por o tornar num Mundo apetecível não só para empresas, investidores, imprensa, etc, mas também para jovens atletas e pais dos mesmos, que vêm no Futsal/Futebol, uma forma de obter uma possível estabilidade financeira, difícil de alcançar em qualquer outra profissão.
Assim, num passado recente, assistiu-se á criação de um “mito”: o aspirante a jogador de futsal/futebol não precisa da escola, pois o seu futuro está garantido no Futsal/Futebol.





Milhares de jovens atletas ,por opção própria ou por imposição de pais e clubes, desistiram de estudar e decidiram jogar numa espécie de “roleta russa” ao entregar nas mãos do Futsal/Futebol o seu futuro e a sua estabilidade.
A verdade é que no Desporto Rei são poucos os que triunfam. A percentagem de jovens jogadores que conseguem viver ,já na idade adulta, á custa do Futebol é uma percentagem bastante reduzida.



Tomemos como exemplo o Futsal/Futebol Português.
O Futsal/Futebol é , de longe, o desporto mais praticado pelos jovens do nosso País.
Quase todos os miúdos sonham com uma carreira no Futsal/Futebol, e uma grande percentagem deles chegam mesmo a tentar a sua sorte.
Quantos acabam por vingar? Muito poucos.
Alguns outros conseguem fazer carreira em clubes secundários, os quais estão longe de pagar salários exorbitantes e ,por vezes, ficam a dever meses e meses de honorários aos atletas.



Após 10, 15 anos como profissional de Futsal/Futebol, o jogador abandona a carreira.
E depois? 
Será que os salários de 500,750 euros lhe garantiram estabilidade para o futuro?
Após a carreira, como subsistir se a formação académica é zero, e o mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo?



Vejamos um segundo cenário.
Quantos miúdos oriundos das Academias do Sporting, Benfica e Porto acabam por vingar no Futsal/Futebol?
Quantos deles chegam á idade adulta e vêm-se a jogar em clubes que não lhes garantem estabilidade financeira? 
Quantos deles são obrigados a desistir do Futebol, como actividade profissional?



Pois é, felizmente têm-se verificado uma desmistificação que se criou em torno do Futsal/Futebol, como sendo a “galinha dos ovos de ouro” para milhares e milhares de jovens.
Cada vez mais, vemos casos de sucesso numa conciliação entre estudos e desporto.
Cada vez mais, se assiste a uma mentalização dos atletas para que não negligenciem os estudos, a bem do seu futuro.
Nos grandes clubes nacionais existe uma maior exigência no que toca ao ensino. Os clubes exigem resultados escolares.

Texto retirado e adaptado do sitio "Mundo do Futebol" de N.Oliveira

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